Caixa dois
De duas mil ações trabalhistas contra empreiteiras com atuação em Uberaba, 90% falam direta ou indiretamente em caixa 2 no pagamento de salários na área da construção civil. É o que diz o sindicalista José Lacerda Sobrinho, explicando que é difícil fazer provas, mas já existem algumas sentenças judiciais reconhecendo que pedreiros e serventes receberam salários “por fora”.

 Pra economizar
Lacerda ressalta que a diferença entre o salário constante na Carteira de Trabalho e o que se paga realmente chega a ser de 100% em muitos casos. O piso do pedreiro é R$ 1.050, mas “ninguém trabalha por isso na conjuntura atual” – sentencia ele. As empresas que recorrem ao caixa 2 – frisa – o fazem para baratear custos, em prejuízo do trabalhador, pois as diferenças não são levadas em consideração nas férias, no 13º e nas obrigações sociais do patrão.