Trabalhadores em situação irregular nas obras do "Parque do Girassóis III "

Na última semana a direção do STICMU concluiu negociação com empreiteiros que estão executando obras no “Parque dos Girassóis III”, obra do governo federal incluída no programa “Minha Casa Minha Vida”. Inicialmente, após receber denúncia foi constatada situação irregular de 11 trabalhadores provenientes do estado do Maranhão, os trabalhadores se encontravam abandonados na obra e no alojamento após serem enganados por um aliciador que prometeu emprego a todos na construção deste novo bairro.

 

José Lacerda, presidente do STICMU,  foi até o local acompanhado do diretor Ezio dos Santos, e constataram  a situação degradante a que estavam submetidos os companheiros, vez que após serem acolhidos pela empresa com promessa de que iriam trabalhar rebocando casas por empreitada, a frente de trabalho não existia e os mesmos ficaram “jogados” no sol escaldante, e ainda se sentido humilhados pelo fato de serem recriminados na hora de tomarem café da manhã. Que para tanto teriam que vir do alojamento para obra só para esse fim e ainda empreiteiro “regulava “ tentando impedi-los de tomarem café.

 

 

Além disso, alegavam estarem impedidos de movimentarem na obra, o que os impediam de ir aos sanitários, para fazer suas necessidades fisiológicas. O presidente e o diretor conversaram com trabalhadores, levantaram a situação e mantiveram contato com empreiteiros e empresa responsável pelo empreendimento.

 

Posteriormente acompanhados do advogado do STICMU, procedeu-se negociação para que estes trabalhadores fossem ressarcidos de seus prejuízos e que desta forma pudessem voltar para o seu estado natal. Chegando a um entendimento, o STICMU conseguiu junto à direção da construtora responsável pela obra, pagamento de uma quantia em dinheiro e também a passagem de volta para todos. Tudo foi acertado no sábado e todos seguiram viagem de volta.

 

Ontem dia 22/ 01/ 2014 mais um empreiteiro da mesma obra também não pagou 7 trabalhadores advindos de sertãozinho , estado de São Paulo, que se encontravam em situação idêntica aos da semana passada. O STICMU cumprindo com sua obrigação legal e em atuação consistente conseguiu que empresa pagasse estes trabalhadores.

 

 

“Tudo isso é reflexo desta terceirização desumana que atinge

em larga escala o setor,  aliado à ganância das empresas que querem aumentar seus lucros a custa da penúria do trabalhador.” afirma Lacerda

 

Ele defende ainda um trabalho de conscientização da categoria e que as autoridades tenham mais rigidez com esta prática já que a lei proíbe terceirização de atividade fim. “Não compreendo a aceitação de tal prática visto que uma empresa construtora  foi constituída para construir, se isso não for atividade fim o que é?” , pergunta ele.

Assim sendo, há de se aplicar a lei e as autoridades não podem fechar os olhos diante de tão grave quadro.

Segundo o presidente o STICMU  intensificará ainda mais suas fiscalizações nas obras espalhadas pela cidade e ficará atenta a situação enfrentada pelos trabalhadores em todas elas. Se for preciso utilizará todos os recursos disponíveis para que sejam respeitados os direitos dos trabalhadores e não deixará de solicitar a investigação do Ministério Público do Trabalho em situações como esta para que se desmonte esse processo danoso tão presente em nosso setor.

 

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