Fonte: G1 Triângulo Mineiro

 Estão comprometidas por problemas de pagamento e documentação. Obras são dos Terminais de Mobilidade, do Fórum e Hospital Regional.

Obras de grande investimento em Uberaba estão paralisadas ou em ritmo lento de trabalho. Por falta de pagamento das empresas responsáveis pelas construções e por problemas de documentação, as obras dos Terminais Leste e Oeste, que integram o projeto de Mobilidade Urbana, do Hospital Regional e do novo Fórum estão comprometidas e, inclusive, tiveram a data de entrega remarcada. O valor final das obras chega a R$ 75 milhões.

O local onde começou a ser feita a terraplanagem para o Terminal Oeste, no Centro da cidade está com o mato crescendo. A obra está parada por um impedimento judicial. Segundo o secretário de Infraestrutura, José Donizete Melo, o dono do terreno não concorda com o valor pago para a desapropriação. “O Terminal Oeste, próximo ao Uberabão, ainda está em fase de apreciação, pois o proprietário da área entrou com um recurso e a empresa não pode retomar as obras enquanto não for resolvida a pendência da desapropriação da área”, explicou.

O secretário afirmou que as obras no Terminal Leste dependem de do registro de uma escritura. Não há máquinas, nem homens trabalhando no local. “Ele já está liberado para a execução, estamos voltando com a empresa e aguardando o registro de escritura por parte do cartório. Assim que estiver pronta retomaremos o ritmo normal”, afirmou.

Outra construção que não há previsão para ser entregue é do novo Fórum. As obras estão paradas desde fevereiro por causa de salários atrasados. A empresa responsável entrou em processo de recuperação judicial em julho do ano passado e está a um passo de decretar falência. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que enquanto não for notificado pela empresa de que ela não terá condição de concluir a obra, não é possível abrir uma nova licitação.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Uberaba (STICMU), José Lacerda Sobrinho, disse que o sindicato conseguiu na Justiça, bloquear os repasses para a empresa com o objetivo de pagar os 120 funcionários. “Feito este pagamento, os trabalhadores estão liberados para buscar outras atividades. Mas o próprio sindicato já está indicando e entrando em contato com outras empresas para realocar estes trabalhadores”, explicou.

Devagar
No Hospital Regional, as obras seguem em ritmo lento e os 61 funcionários que estão trabalhando atualmente representam menos da metade do ideal, que seria 160. O problema é com a construtora responsável que está atrasando o pagamento de terceirizados. Com isso, ainda segundo o secretário, a inauguração do hospital que seria em Abril, foi remarcada para outubro.

Sem receber, os fornecedores estão tirando os trabalhadores do local. “No contrato diz que a gente pode pegar o pagamento da empresa, repassar para os terceiros, fazer a quitação das notas e pagar apenas a diferença para a empresa. Vamos esgotar toda a negociação primeiro para depois partir para este caso extremo”, concluiu o secretário José Donizete.