Sticmu reúne com patronal e quer o fim do ‘caixa 2'

setor que mais cresce no país tem que ser o que melhor paga. A frase é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria da Construção e do Mobiliário de Uberaba e Região (Sticmu), José Lacerda Sobrinho, ao comentar as negociações em andamento no setor de construção civil. Nesta terça-feira, dia 10 de março, a diretoria do Sticmu se reúne com a direção do sindicato patronal para mais uma rodada de negociação salarial. O setor empresarial, por meio do Sinduscon, recebeu do Sticmu em fevereiro a proposta de negociação salarial, e vai dar uma resposta sobre as reivindicações da entidade.

De acordo com o presidente do Sticmu, umas das principais reivindicações da categoria é a regulamentação do salário produção. "Na verdade, regulamentar este salário é a mesma coisa de regularizar o chamado caixa 2 de empresas. São valores que são pagos no setor fora da Carteira de Trabalho, por produção ou empreitada", explicou. A intenção do Sindicato é que os empresários coloquem formalmente estes valores na Carteira de Trabalho. "O trabalhador é prejudicado em todos os sentidos, até no caso de verbas rescisórias", disse.


Outro ponto da negociação coletiva está a implantação de plano de saúde para os trabalhadores. "Na nossa proposta, inclusive, colocamos sobre a adoção do cartão do trabalhador, que oferece vários descontos para atendimentos médicos", ressaltou. 
O presidente defendeu ainda o aumento do piso salarial da categoria. "A construção move o país, mas ainda paga muito pouco para quem trabalha formalmente", destacou Lacerda Sobrinho. A reunião com o Sinduscon acontece hoje, cerca de um mês após a entrega da proposta de negociação salarial do Sticmu. "Esperamos chegar a um acordo neste encontro de hoje", afirmou.

Companhia da Mídia